ATA DA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 19-5-2010.

 


Aos dezenove dias do mês de maio do ano de dois mil e dez, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juliana Brizola, Maria Celeste, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Pedro Ruas e Reginaldo Pujol. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato, Beto Moesch, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, Luiz Braz, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Mauro Pinheiro, Paulinho Ruben Berta, Paulo Marques, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: pelo vereador Aldacir José Oliboni, o Projeto de Lei do Legislativo nº 008/10 (Processo nº 0430/10); e pelo vereador Bernardino Vendruscolo, o Projeto de Lei do Legislativo nº 071/10 (Processo nº 1500/10). Também, foi apregoado o Ofício nº 492/10, do senhor Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/10 (Processo nº 2003/10). Ainda, foram apregoados os seguintes documentos, deferidos pelo senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo: Memorando nº 038/10 (Processo nº 1919/10), de autoria do vereador Beto Moesch, no dia vinte e um de maio do corrente, na sexta edição do evento “Viva a Mata – mostra de iniciativas e projetos em prol da Mata Atlântica”, no Parque Ibirapuera, em São Paulo – SP –; Memorando nº 017/10, de autoria da vereadora Sofia Cavedon, nos dias de hoje e amanhã, no V Seminário Nacional de Educação, no Município de Veranópolis – RS –; e Requerimento s/nº (Processo nº 1853/10), de autoria do vereador Adeli Sell, no dia de hoje, no XIII Encontro do Fórum Parlamentar Nacional de Direitos Humanos, na Câmara dos Deputados, em Brasília – DF. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 400935, 401143, 401175, 402433, 403286, 403623 e 403637/10, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Pedro Ruas, pela oposição, João Antonio Dib, pelo Governo, Luiz Braz, Carlos Todeschini e João Antonio Dib. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Após, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Bernardino Vendruscolo, solicitando a retirada de tramitação das Emendas nos 01 e 02 apostas ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 014/06 (Processo nº 3732/06). Também, foi apregoada a Emenda nº 03, de autoria do vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 014/06 e foi aprovado Requerimento de autoria de Sua Excelência, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes, tendo-se manifestado a respeito o vereador Pedro Ruas. Em continuidade, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Carlos Todeschini, solicitando a retirada de tramitação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 024/07 (Processo nº 7923/07), tendo-se manifestado a respeito o vereador Reginaldo Pujol. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador João Antonio Dib, solicitando a retirada do Projeto de Lei do Legislativo nº 192/04 (Processo nº 4320/04) da priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão. Em Discussão Geral e Votação, foram apreciados conjuntamente e aprovados os Projetos de Resolução nos 047/09 e 002/10 (Processos nos 5328/09 e 0361/10, respectivamente), após serem encaminhados à votação pelo vereador Engenheiro Comassetto. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 014/06 (Processo nº 3732/06), após ser discutido pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, Pedro Ruas e Mauro Pinheiro. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 014/06, o vereador João Bosco Vaz cedeu seu tempo de discussão ao vereador Bernardino Vendruscolo. Foi aprovada a Emenda nº 03 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 014/06. Foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 014/06. Em Votação, foi rejeitado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 008/09 (Processo nº 0614/09), após ser encaminhado à votação pelo vereador Dr. Raul. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 261/09 (Processo nº 6023/09), por vinte e sete votos SIM, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Na oportunidade, em face de Questão de Ordem formulada pelo vereador Mauro Pinheiro, o senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca do processo de votação de projetos referentes à concessão de Título de Cidadão de Porto Alegre. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 034/10 (Processo nº 0841/10), por vinte e seis votos SIM, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 023/10 (Processo nº 0665/10), por vinte e seis votos SIM, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 026/10 (Processo nº 0698/10), por vinte e seis votos SIM, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Após, foi apregoado o Memorando nº 061/10, de autoria do vereador Mauro Zacher, deferido pelo senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, no dia de amanhã, em palestra sobre “bullying”, às dezenove horas, na Biblioteca Pública Municipal de Jaguarão – RS. Em prosseguimento, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 004/10, discutido pelos vereadores Reginaldo Pujol e Bernardino Vendruscolo. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Airto Ferronato e Bernardino Vendruscolo. Na ocasião, foi apregoada Declaração de Alteração de Nome Parlamentar de autoria do vereador Paulinho Ruben Berta, informando a alteração do seu nome parlamentar para Paulinho Rubem Berta. Durante a Sessão, o senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do senhor Jaques Machado, ex-vereador deste Legislativo. Às quinze horas e quarenta e oito minutos, nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo vereador Nelcir Tessaro e secretariados pelo vereador Bernardino Vendruscolo. Do que eu, Bernardino Vendruscolo, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; público que nos assiste, na segunda-feira, anteontem, vim a esta tribuna para dizer, em tempo de Liderança de oposição, que tinha a convicção - examinando o Expediente da Sessão de segunda-feira, onde estava anunciada a vinda do Instituto Sollus, na quinta-feira; e indaguei antes, à Mesa, se seria na quarta-feira ou na quinta-feira, e a Mesa me confirmou que era na quinta-feira, dia 20 -, e sustentei, nesta tribuna, que o Executivo Municipal não permitiria que viesse à Casa o Instituto Sollus no dia vinte.

Dos Vereadores e Vereadoras que aqui estão, alguns assistiram a esse pronunciamento. Eu disse mais: que não teria o menor sentido, a menor lógica a Prefeitura, através do Executivo, impedir a concretização da CPI e, ao mesmo tempo, permitir que viesse prestar esclarecimentos, nesta semana, o Instituto Sollus. E eu falei isso diante do Expediente, onde estava marcada a presença do Instituto Sollus aqui na Casa.

Hoje, quarta-feira, dia 19, eu estou vendo que não está mais marcada a visita para amanhã - como eu disse na segunda-feira, que o Executivo Municipal não permitiria, por obviedade, que viesse aqui o Instituto Sollus, no dia 20, que é amanhã.

E estou falando isso na quarta-feira, como falei na segunda-feira ao ver, no Expediente: “... presença do Instituto Sollus na Câmara Municipal de Porto Alegre...”, quando eu disse que não havia lógica nenhuma. A não ser que passassem por uma gigantesca negociação o depoimento e a prestação de contas do Instituto Sollus, ele não teria como vir aqui prestar contas das atividades sem enlamear, de forma intensa, a área da Saúde - a área da Saúde! - do Executivo Municipal!

Portanto o registro que fiz na segunda-feira e que reitero agora, é que é elementar, para uma inteligência mediana, que, ao impedir a concretização da CPI da Saúde, não iria, o mesmo Executivo - o mesmo! -, permitir a presença, aqui, do Instituto Sollus, com os esclarecimentos que faria, originalmente, o Instituto. Vejo agora - e nem sequer consultei a Mesa, porque era uma convicção minha -que não está no Expediente da Sessão. Concluo que, formalmente, não estará aqui, amanhã, o Instituto Sollus, mas eu já sabia, e anunciei segunda-feira que, politicamente, a conclusão era clara. Dizia, Verª Juliana Brizola, o Dr. Brizola, que, em política, geralmente - nem sempre, mas geralmente -, dois mais dois - Dr. Thiago - são quatro. Então, soma daqui, soma dali, a conclusão era esta: não viria. Vossa Excelência estava aqui; o Dr. Raul estava aqui quando eu disse, na segunda-feira, que não tinha lógica a Prefeitura impedir a CPI e permitir que viesse o Instituto Sollus. Não permitiu, ele não virá amanhã! Se algum Vereador pensa em elaborar discursos, perguntas, esclarecimentos do Instituto Sollus amanhã, não perca seu tempo; esta Casa, como eu disse na segunda-feira, não terá, amanhã, a presença do Instituto Sollus para qualquer esclarecimento na área da Saúde, particularmente sobre aqueles quase dez milhões de reais que faltaram ao povo de Porto Alegre numa área tão sensível como essa. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; meus senhores e minhas senhoras, o pronunciamento do nobre e eminente Líder da oposição não faz jus à sua inteligência, à sua capacidade. Como a Prefeitura poderia impedir o Instituto Sollus de comparecer à Casa do Povo de Porto Alegre? A Prefeitura não teve com o Instituto Sollus aquilo que deveria ser normal entre duas entidades que têm um convênio, um contrato; não conseguiu isso.

A Prefeitura deu todas as oportunidades ao Instituto Sollus para que ele mostrasse as notas corretas, sem irregularidades, que foram detectadas já em agosto de 2007, quando ele foi contratado. Mas, em março de 2009, a Secretaria Municipal da Saúde identificou irregularidades numa nota fiscal de prestação de contas e enviou o documento ao Ministério Público - em março de 2009.

A partir daí, houve uma sindicância na Prefeitura, um levantamento de prejuízos que a Prefeitura teve com o Instituto Sollus. A Prefeitura deixou de pagar parcelas para o Instituto, mas a Prefeitura deu ao Instituto todas as oportunidades para que ele mostrasse as notas corretas, e nada aconteceria.

Por isso a Prefeitura colocou um grupo de trabalho para encontrar uma solução correta, para fazer o lançamento na dívida ativa, evitando, assim, questões judiciais que tornassem sem efeito os 5 milhões, 814 mil reais, dos quais a Prefeitura se sente lesada.

A própria Comissão que elaborou um trabalho no sentido de lançamento da dívida ativa deu várias oportunidades, quando já não precisava mais dar oportunidades, para que o Instituto Sollus levasse a documentação correta. Não havia. E não é a Prefeitura que vai impedir um Instituto que foi contratado, porque apresentou menor preço, porque era uma OSCIP, porque tinha todas as condições para ser contratado, e não era a Prefeitura que teria condições de dizer para eles: “Olha, no dia 20, vocês não vão”.

O Ver. Luiz Braz havia informado que eles viriam aqui, tanto que o Expediente que estava no computador diz que eles estariam aqui amanhã, mas o que foi distribuído, agora, no Plenário, não diz isso, mas podem ter a absoluta certeza, podem ter toda a convicção do mundo de que não foi a Prefeitura que impediu as pessoas que estão lá no Instituto Sollus, e que por eles são responsáveis, de comparecerem a este Plenário.

E é por isso que eu, sabendo da inteligência e da competência do meu querido Ver. Pedro Ruas, Líder da oposição, fico surpreso. Eu não posso entender uma Liderança forte como é a dele levando à tribuna que a Prefeitura está impedindo alguém de comparecer à Casa do Povo, ou esta não será, por acaso, a Casa do Povo de Porto Alegre? O povo teria comparecido, e o Instituto Sollus é povo também, poderia ter comparecido se assim o desejasse, mas, tanto quanto eu sei, eles apenas adiaram a vinda, sem que houvesse qualquer comunicação para nós, os Vereadores. Assim como nós recebemos no Expediente - e até ontem estava que eles viriam amanhã -, eles podem vir num outro dia qualquer, mas podem ter toda a certeza de que nós não vamos impedir que eles venham aqui e coloquem a sua verdade, porque a verdade é um fato que deve presidir todos os atos políticos e também administrativos. Esse é um caso que precisa estabelecer a verdade. Por enquanto, a verdade é que a Prefeitura lançou 5 milhões, 814 mil reais em dívida ativa. Se eles documentarem esses 5 milhões, 814 mil reais, eles levam também os 5 milhões e 814, mas, por enquanto, não fizeram isso, e nós esperamos uma solução o mais breve possível. Saúde e PAZ.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Nelcir Tessaro, Presidente desta Casa; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; senhoras e senhores, eu comuniquei ao Ver. Pedro Ruas e ao Ver. João Dib que eu tinha recebido um recado do pessoal da Sollus, de que eles viriam aqui a esta Casa prestar esclarecimentos sobre a sua relação com a Prefeitura Municipal. Eu comuniquei o Pedro Ruas e o Dib, porque um é Líder da oposição, e o outro é Líder da situação, e achava que, com isso, eu estaria cumprindo a função de alertar todos que a Sollus viria, e, de acordo com o que me pediram, solicitei uma Sessão, que seria a de quinta-feira, para que a Sollus pudesse vir aqui prestar esclarecimentos, porque o que recebi de informação - e é a informação que tenho até agora - é que eles estão fazendo o levantamento das contas para que possam apresentá-las aos Vereadores e apresentar as mesmas contas à Prefeitura Municipal. De acordo com o que me falam, eles têm dinheiro a receber da Prefeitura, e aquelas denúncias que são feitas, de que eles rapinaram nove milhões de reais da Prefeitura, não é uma informação correta.

Então, esta é a minha parte, ou seja, poder fazer os comunicados, aqui na Câmara Municipal, para o Pedro, para o Dib e também para a Casa, e abrir uma vaga, aqui, para que essas informações possam ser dadas.

Na semana passada, eu recebi um telefonema do Dr. Ricardo Breier, advogado extremamente conhecido na Cidade, e ele me dizia que não daria mais para ser no dia 20 a sua vinda aqui. Então eu falei a ele que comunicaria a Casa, mas que não marcaria data nenhuma, porque eu já havia marcado a vinda para o dia 13; não deu para ser nesse dia 13; marquei dia 20, e ele disse que não daria para ser no dia 20.

Então eu simplesmente fiz aquilo que foi pedido por um advogado extremamente importante, que todos conhecem, um advogado sério, que defende os interesses da Sollus, que está trabalhando também com o levantamento que está sendo feito a respeito das contas da Sollus e que pediu para ser ouvido aqui, neste plenário, como acontece muitas e muitas vezes. Como não pôde acontecer, eu acho que, com toda a certeza, cabe a cada um dos Vereadores fazer as suas investigações, as suas ilações. Isso é absolutamente correto. Agora, peço que o Ver. Pedro, que é uma pessoa que respeito muito, tire da cabeça esse negócio, porque isso não tem nada a ver com a Prefeitura Municipal. E eu, inclusive nessa corrida para o Governo do Estado, não estou nem ao lado do ex-integrante da Prefeitura, até porque a minha Governadora pertence ao Partido ao qual tenho a obrigação de estar vinculado, e estamos juntos nesta campanha, junto com a Governadora. Então, com toda a certeza, não tem nada a ver com a Prefeitura Municipal essa não vinda da Sollus; é um problema deles estarem se enredando lá com as suas próprias contas, e eles precisam, é claro, de uma hora qualquer, ou prestar contas para nós, ou para a Prefeitura, ou para a Justiça, mas, para alguém, eles vão ter que prestar essas contas, porque, afinal de contas, eles tiveram uma relação durante algum tempo com a Prefeitura Municipal, com Porto Alegre, e, por isso, eles têm que prestar contas, é claro, daquilo que fizeram ou deixaram de fazer.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores; Sras Vereadoras; aqueles que nos assistem, aqui venho fazer uma manifestação em nome da minha Bancada, da nossa Liderança, o Ver. Engenheiro Comassetto, e dos nossos colegas Vereadores. Vou reproduzir aqui, na tribuna, um artigo do Juremir Machado da Silva, do dia de ontem, que é endereçado aos tribunos da direita e àqueles que usam os microfones para vociferar contra o Governo Lula, para criticar o Governo Lula todos os dias. Vejam, Srs. Vereadores e Sras Vereadores (Lê.): “Bateu o pavor. É importante ser claro, falar a linguagem das ruas e dar nome aos bois. A verdade é uma só: está batendo o pavor na direita brasileira. Dá para ouvir os dentes rangendo. Por um lado, Luiz Inácio brilha mais do que nunca no cenário internacional. O doutor FHC nunca teve tamanho prestigio no exterior. Independentemente do resultado do papo com Ahmadinejad no Irã, o mundo inteiro ficou esperando que o iletrado brasileiro resolvesse a parada. Os norte-americanos, mais caras de pau do que nunca, andam furiosos com o Brasil. Descobriram até os direitos humanos. Cobram de Luiz Inácio o fato de ele ficar negociando com um país que dá chibatadas nos seus opositores. É o roto falando do descosido. Os Estados Unidos são especialistas em amizades com ditadores. A China, por exemplo, nada deve ao Irã em repressão.

“O ranger de dentes tem razões de todo tipo. A inveja em relação a Luiz Inácio não para de crescer. Todas as previsões dos conservadores foram por água abaixo. O Brasil vai bem, superou a crise como se ela não passasse mesmo de uma marolinha, a popularidade do presidente é estratosférica, a vida da população mais pobre melhorou bastante e, na política internacional, nunca mostramos tanta autonomia. Passamos de coadjuvante a protagonista. Para completar o quadro de pavor da direita, que não sabe mais o que fazer ou dizer, a última pesquisa da Vox Populi mostra Dilma na frente de José Serra, 38% a 35%. E agora? Dilma, a guerrilheira, a sem carisma, a criatura, começou a decolar e já parece muito palatável para eleitores que antes a viam com alguma desconfiança.

“Se os dentes continuarem a bater assim, dá para ouvir o barulho enquanto escrevo, os dentistas é que vão faturar. Muita gente vai precisar de dentadura ou de aparelho. Passei, outro dia, por um luminar da direita, e ele parecia desesperado. Estava branco, verde, azulado. Nem me aproximei. O homem falava sozinho, resmungava, vociferava e espumava de raiva. Dava para entender o nome Dilma no seu discurso enrolado. Tem gente que não dorme mais. Alguns buscam soluções mágicas. Outros, tentando permanecer racionais, buscam culpados. Não encontram. Perguntas esdrúxulas se repetem: por que Luiz Inácio não fez como Evo Morales e Hugo Chávez? Aí está: Luiz Inácio não traiu só a esquerda, traiu a direita também. Frustrou-a terrivelmente ao não se comportar como um ditador ou como um ‘perfeito idiota Latino-Americano’.

“O que mais dói na direita é ver Luiz Inácio trocando abraços, afagos, sorrisos e ideias com os grandes deste mundo. Dói mais ainda ver Luiz Inácio, com seu traquejo social sem berço nem formação, colocando todos à vontade, fazendo até um russo gelado se derreter e fazer piadinha. Basta Luiz Inácio chegar para o clima ficar mais amistoso. Com essa manha, com essa malemolência, com esse jogo de cintura, Luiz Inácio está prontinho para virar Secretário-Geral da ONU”. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; minhas senhoras e meus senhores, eu e o jornalista, escritor Juremir Machado, temos uma única identidade: ambos somos getulistas, apenas isso. O escrito que ele fez não seria assinado por Getúlio Vargas, posso afirmar isso com toda a tranquilidade. Que história é essa de direita e esquerda? Onde está a direita e onde está a esquerda? Para mim há o certo e o errado, o direito e o torto! Não há mais esquerda e direita! Na segunda-feira, fiz um pronunciamento sobre Partidos, e eu disse que nós não tínhamos Partido. O penúltimo foi o Partido Libertador, e o último havia sido o PT. Foi um Partido, não é mais; agora é “repartido”. É tão elogiosa a situação da candidata Dilma, pelo nosso eminente articulista, que ele esqueceu, por exemplo, de fazer uma comparação entre Dilma e Marina Silva, já que ele quer fazer comparação entre Fernando Henrique e Lula. A Marina Silva é Senadora, era do PT e deixou de ser do PT; a Dilma nunca foi votada em coisa nenhuma; ela era do PDT e passou para o PT. A Marina Silva teria, tranquilamente, assegurada a sua reeleição para Senadora. Em razão de uma ideia, ela está se lançando a uma aventura que ela sabe que não terá resultado positivo, mas está defendendo uma ideia. Agora, a nossa candidata do Partido dos Trabalhadores, funcionária do Partido dos Trabalhadores - porque quem recebe salário é funcionário, é servidor -, foi Secretária da Fazenda do Município de Porto Alegre, Diretora-Geral da Câmara Municipal, Secretária de Minas e Energia, Ministra de Minas e Energia, Ministra-Chefe da Casa Civil do Governo Lula, Presidente do Conselho da Petrobras, servidora pública aposentada, porque, no seu currículo, ela disse que foi concursada como servidora pública, e, como ela sempre esteve no serviço público, evidentemente já deve estar aposentada e recebendo uma bela aposentadoria, se não tem a pensão de guerrilheira que foi - não sei se ela tem a pensão, também não estou dizendo isso. Agora, a declaração dela é de que, para prover a sua subsistência nesse período sem emprego, então o PT vai lhe pagar um salário, para que ela possa concorrer. E a Marina Silva, o que deveria receber? Um monumento maior do que o Cristo Redentor, porque ela está defendendo uma ideia. E essa “moça” que ganhou todos esses salários ao longo de anos - e o de Presidente do Conselho da Petrobras não é pouco dinheiro -, anos e anos acumulando dinheiro, que eu saiba, não tem criança pequena para sustentar, não tem irmão doente, mãe doente, não tem nada para sustentar, e ela precisa de um salário do Partido para ser candidata à Presidência da República! E onde fica a honra de ser candidata Presidência da República? Ou, quem sabe, o meu amigo Pedro Ruas é candidato a Governador, pensando que ele vai se eleger Governador? Não, ele está defendendo uma ideia. Vai passar trabalho, vai se sacrificar, porque ele acredita naquilo, está defendendo uma ideia. É o que falta à Dona Dilma, que tão elogiada é pelo nosso Juremir Machado - eu não queria ser elogiado pelo Juremir Machado, porque eu ficaria desconfiado do elogio. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Registro a presença do ex-Vereador Jaques Machado. Seja bem-vindo, Vereador - sempre Vereador!

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Apregoo Requerimento de retirada de tramitação das Emendas nº 01 e 02 ao PLCL nº 014/06. (Pausa.) Em votação o Requerimento de retirada de tramitação das Emendas nº 01 e 02 ao PLCL nº 014/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Apregoo a Emenda nº 03 ao PLCL nº 014/06, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que (Lê.) “inclui inciso IX e § 3º no art. 7º da Lei Complementar nº 197, de 21 de março de 1989, e alterações posteriores (ITBI), estabelecendo a não incidência desse imposto na tramitação de bens imóveis adquiridos por meio de operações de arrendamento mercantil tributadas pelo ISSQN, quando o arrendatário fizer opção pela compra. Art. 1º. O Art. 1º do referido projeto de lei passa a ter a seguinte redação: Art. 1º Ficam incluídos o inciso VI e os parágrafos 5º e 6º ao art. 8º da Lei Complementar nº 197, de 21 de março de 1989, e alterações posteriores, com a seguinte redação: ‘Inc. VI - de bens imóveis, adquiridos por meio de operação de Leasing, regida pela Lei Federal nº 6019/74, para arrendatário, na hipótese de este efetuar a opção de compra do bem. § 5º - A isenção prevista no inciso VI somente terá aplicação para as operações de arrendamento mercantil, tributadas pelo Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) no Município de Porto Alegre, cabendo ao contribuinte a comprovação do efetivo recolhimento deste imposto nas condições previstas em regulamento. § 6º - O prazo de aplicação de isenção prevista no inciso VI será de 5 (cinco) anos a contar da data da publicação da lei.’”

Em votação Requerimento de autoria do Ver. João Antonio Dib de dispensa de envio da Emenda nº 03 ao PLCL nº 014/06 à apreciação das Comissões. (Pausa.)

 

O SR. PEDRO RUAS: Peço desculpas, Sr. Presidente. É que eu não entendi o que estava sendo colocado em votação. Então, fiz um registro que era mais um pedido de esclarecimento do que um posicionamento de voto.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): É Requerimento de dispensa de envio às Comissões da Emenda nº 03 ao PLCL nº 014/06, sobre o que fiz a leitura.

 

O SR. PEDRO RUAS: Do processo que entrou hoje pela manhã na Casa?

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não. Estamos falando do PLCL nº 014/06, do ITBI, que está na Pauta de hoje.

 

O SR. PEDRO RUAS: Eu não tenho nenhuma oposição, e o meu voto é favorável.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Obrigado, Sr. Vereador.

Em votação Requerimento de autoria do Ver. João Antonio Dib, que solicita dispensa de envio da Emenda nº 03 ao PLCL nº 014/06 à apreciação das Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação Requerimento, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, solicitando retirada de tramitação do PLCL nº 024/07. (Pausa.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, necessito de informações.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Este Projeto é do Ver. Carlos Todeschini, é um outro Projeto, que trata do biodiesel.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Do biodiesel? Vão retirar o Projeto de tramitação mais uma vez?

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Sim, está retirando de tramitação, arquivando.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Arquivando? Isso é um direito dele, se ele quiser.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que solicita a retirada de tramitação do PLCL nº 024/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, o PLL nº 192/04 já foi adiado por cinco sessões. Hoje, seria a última sessão com discussão. Eu queria que ele fosse adiado, porque o Executivo vai apresentar um substitutivo, e nós, então, teremos um projeto já de acordo com o Ver. Beto Moesch, e em melhores condições. Gostaríamos que a discussão ainda ficasse em aberto.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vereador, V. Exª está solicitando a retirada de tramitação? Seria arquivamento?

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Não; estou solicitando a retirada da priorização, apenas isso.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação o Requerimento do Ver. João Antonio Dib, que solicita a retirada da priorização do PLL nº 192/04. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 5328/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 047/09, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, que concede o Diploma Honra ao Mérito à Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS –, pelo trabalho realizado por seu Instituto de Física.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Fernanda Melchionna: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-05-10.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0361/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 002/10, de autoria do Ver. Valter Nagelstein, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao médico Plínio Carlos Baú.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-05-10.

 

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão, em bloco, o PR nº 047/09 e o PR nº 002/10. (Pausa.) Em votação, em bloco. O Ver. Engenheiro Carlos Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação apenas do PR nº 047/09.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Esta Câmara concede ao Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul o Diploma de Honra ao Mérito. O Instituto de Física tem desenvolvido um trabalho que é referência mundial entre os institutos de Física e as universidades do mundo, bem como tem contribuído com esta Casa, quando apresentou a Exposição do Einstein e, no último ano, uma exposição sobre o Estudo do Universo, tendo esta Câmara ganhado um prêmio, inclusive, com a melhor exposição de 2006, que foi a exposição do Einstein.

Então quero, em nome de todos os colegas, propor esta homenagem ao Instituto de Física e à Universidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação o bloco composto pelos seguintes Projetos: PR nº 047/09 e o PR nº 002/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3732/06 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 014/06, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que inclui inciso IX e § 3º no art. 7º da Lei Complementar nº 197, de 21 de março de 1989, e alterações posteriores (ITBI), estabelecendo a não-incidência desse imposto na transmissão de bens imóveis adquiridos por meio de operações de arrendamento mercantil tributadas pelo ISSQN, quando o arrendatário fizer a opção de compra. Com Emendas nos 01 e 02.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Almerindo Filho: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e das Emendas nos 01 e 02;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto e da Emenda no 01 e pela rejeição da Emenda nº 02;

- da CUTHAB. Relator Ver. Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos 01 e 02;

- da CEDECONDH. Relatora Verª Maria Luiza: pela aprovação do Projeto e da Emenda no 02 e pela rejeição da Emenda nº 01.

 

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia 08-03-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLCL nº 014/06. (Pausa.) O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLCL nº 014/06.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, este Projeto trata de eliminar a bitributação, no nosso entendimento. Antes de adentrar em mais detalhes, quero dizer que nós retiramos a Emenda nº 01 e a Emenda nº 02, contemplando a Emenda nº 03, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que o faz por orientação dos técnicos da Fazenda, pelo que me consta; da nossa parte, também concordamos, evidentemente - essa é uma composição.

O que acontece hoje? O leasing, que é o arrendamento mercantil, é um sistema usado para a aquisição de bens móveis como eletrodomésticos e automóveis, mas ele também alcança a aquisição de bens imóveis. Por que nós não temos essa divulgação maior para a aquisição de bens imóveis?

Ora, os bancos têm uma garantia maior, pois transferem esse bem para o seu nome, e ele permanece até o pagamento final da última parcela do arrendamento mercantil, quando da opção de compra; o arrendatário não é obrigado a ficar com o bem, mas, se ele optar em pagar o resíduo, que pode ser pago no decorrer do contrato, como pode ser pago no final do contrato, conforme estabelecido por Lei Federal, no valor de 10%, a pessoa, hoje, acaba pagando novamente o ITBI, porque o ITBI é Imposto de Transmissão Inter Vivos. Toda a vez que há transmissão de bens imóveis entre pessoas vivas, há incidência do ITBI. Só que, no nosso entendimento, já amadurecido - e eu quero dizer que temos aqui os representantes da Fazenda, e, neste Projeto, temos, até o presente momento, a concordância - de que seria impossível permanecermos com essa situação, porque, se o negócio é um só, o fato gerador é único, não haveria, ou não há necessidade de se cobrar novamente o ITBI.

Então, por isso nós protocolamos este Projeto, ele tramitou e está pronto para ser votado. Estamos aceitando, então, a Emenda de nº 03 e retiramos as Emendas de nº 01 e 02 para fazer essa composição.

Com certeza, os bancos também, a partir de agora, vão ter um interesse maior em fazer o arrendamento mercantil com bens imóveis. E aquelas pessoas, os profissionais liberais, as empresas que alugam a sua sede, o seu escritório, a sua loja, poderão fazer esta opção; em vez de fazerem um contrato e pagarem o aluguel a vida toda, poderão pagar um arrendamento mercantil, Ver. Cassiá, e poderão, no final de um tempo, ter esse imóvel como seu.

O acordo mais difícil foi com relação à questão do pagamento do ISS. Eu gostaria que o Ver. Cecchim pudesse me ceder o seu tempo.

 

(Manifestação fora do microfone do Ver. João Bosco Vaz.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Bosco Vaz se inscreve.

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLCL nº 014/06, por cedência de tempo do Ver. João Bosco Vaz.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Continuando, nós sabemos que os bancos e as empresas, Cecchim, os bancos públicos, estatais e as empresas, ao longo dos anos, na busca de um imposto menor, inscreveram suas sedes em outros Municípios onde o ISS era menor. Pois esse comportamento se espalhou pelo Brasil inteiro, e isso está praticamente resolvido, com a última alteração federal sobre o ISS, quando se entendeu que a obrigação do pagamento do ISS não tem a ver com a sede das empresas, e sim com o lugar onde são praticados os serviços - não mais onde é ou eram as sedes das empresas, mas onde são praticados os serviços.

O Ver. Luiz Braz conhece muito bem essa parte, sabe e está concordando comigo. Estou aproveitando este espaço para fazer este registro, porque a gente sempre debateu aqui, na maioria das vezes, que as empresas, por questão de sobrevivência ou de buscar um custo menor, passaram a inscrever as suas sedes nos Municípios onde o ISSQN tinha um valor menor, mas não foram só as empresas; os bancos também. O próprio Banrisul, não sei se ainda tem, mas, até alguns anos, tinha o seu escritório de leasing aqui em Esteio. Então vejam: nós estamos falando de banco estatal, isso tudo para buscar um custo menor. Este Projeto, nós acabamos tendo até certa dificuldade para escrever, mas, pelo que me dizem os técnicos da Fazenda, através de decreto do Executivo, vai se poder definir melhor esses cuidados que os técnicos da Fazenda têm hoje e terão, com que nós concordamos, que é saber, efetivamente, se os bancos - porque são eles que devem pagar - vão pagar ou não. Daí a importância dessa Emenda do Ver. João Antonio Dib, que define alguns critérios que vão proporcionar à Fazenda essa fiscalização dos bancos, para garantir que vai haver o devido pagamento do ISS, que é uma dificuldade hoje em razão dessa complexidade no caso dos bancos e até das próprias empresas particulares, sobre as quais ainda se tem dificuldade de saber se o serviço foi efetuado numa cidade ou na outra, enfim, na sede ou onde foi contratado.

De qualquer sorte, a nosso ver, Ver. Tessaro e demais Vereadores e Vereadoras, este Projeto vem trazer uma nova oportunidade: os locatários, ao invés de fazerem um contrato de locação, podem ter esta opção, que é um contrato de arrendamento mercantil. As prestações, dependendo do prazo do contrato, com certeza, vão se equiparar ao valor locatício. De qualquer forma, é uma provocação para se resgatar muito do que se perdeu em razão dessa burocracia e, no nosso entender, de uma cobrança muito injusta, uma segunda cobrança do ITBI, em razão de que nós sempre entendemos que o fato gerador é um só. Há um só negócio, Ver. Cecchim; há apenas esta diferença: o banco arrendador, no final do arrendamento e do pagamento do resíduo, vai certificar dizendo que o débito foi contemplado, e, com isso, o Registro de Imóveis, onde vai estar gravado, vai liberar o gravame. Consequentemente, não há necessidade de se fazer aquela escritura, muito menos o pagamento do ITBI novamente.

Por isso peço aos Pares que compreendam a importância deste Projeto. Desde já agradeço, eu agradeço o Ver. João Bosco Vaz por me ceder o seu tempo.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir o PLCL nº 014/06.

 

O SR. PEDRO RUAS: Presidente Nelcir Tessaro; Vereadoras, Vereadores e público que nos assiste, a minha posição, Ver. João Dib, neste pronunciamento, pode até parecer que deveria ser a de V. Exª, na medida em que procuro analisar o que seria, de fato, para o Município, particularmente para o Executivo, mais esse Projeto de isenção previsto.

Primeiro eu quero salientar ao Ver. Bernardino Vendruscolo o seguinte: não há na Câmara, hoje, um especialista tributário do quilate de Vossa Excelência. Assim como nós temos um ambientalista como o Ver. Beto Moesch, V. Exª se destaca nessa questão, extraordinariamente.

Eu me proponho a discutir com V. Exª, porque há em todos nós a responsabilidade pela preservação de alguma capacidade de arrecadação do Município. E por que isso? Porque nós não podemos reclamar postos de saúde, creches, serviços públicos em geral se o Município não arrecada. Seria simples para cada um de nós propor isenções em várias áreas - não é essa a linha do Ver. Bernardino; ele tem uma linha de raciocínio muito honesta e muito defensável. Eu não penso como Sua Excelência; não acredito que, nesse caso, haja bitributação.

Vou mais longe, Verª Fernanda Melchionna: até 1994, a operação de leasing dos bancos era isenta de ISSQN. Foi a partir de um Projeto meu que terminou essa isenção do leasing nos bancos -Projeto de 1993, que entrou em vigor em 1994 como Lei. Portanto, o leasing não era taxado pelo Erário público municipal - era totalmente isento. Nessa hipótese de operação sugerida pelo Projeto do Ver. Bernardino, o banco paga, sim, ISS pelo leasing realizado, ou deveria pagar, porque a maioria não paga, e a Prefeitura não fiscaliza. A maioria dos bancos, em Porto Alegre, não paga o ISS sobre o leasing; esses lucros recordes do Bradesco, do Itaú, não se refletem no pagamento de tributos municipais devidos - isso é importante já registrar aqui. Portanto os bancos não pagam, e, nesse sentido, gosto da Emenda do Ver. João Antonio Dib. Acho temerário, acho arriscado que, a cada semana - hoje já entra um Projeto aqui, em relação ao Internacional, propondo isenções que vão chegar aos 200 milhões de reais -, esta Câmara e esta Legislatura se caracterizem pelas isenções em relação aos tributos municipais, porque nós não teremos, Verª Fernanda, daqui a pouco, como cobrar qualquer serviço público se todos nós, de alguma maneira, contribuirmos para que o Erário Municipal não tenha mais suprimento, não vejo bitributação, não vejo. Acho que essa é uma tese defensável, mas, na ponta, Ver. Bernardino Vendruscolo, quando houver a opção de compra, será outro negócio. O primeiro negócio está encerrado com o término do leasing; o segundo, que é a aquisição do imóvel, este, sim, será tributado pelo ITBI corretamente. Não vejo a incidência dupla dos impostos. Vejo-a em etapas diferentes, em negócios diferentes, em transações diferentes; numa, o ISSQN; noutra, o ITBI.

A Emenda do Ver. João Antonio Dib tem o grande mérito de fiscalizar o pagamento do ISS do leasing bancário. Então, em relação à Emenda, eu tenho os maiores elogios. Elogio o Projeto; é bem intencionado, mas, no meu ponto de vista, Ver. Bernardino Vendruscolo, não deveria ser aprovado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para discutir o PLCL nº 014/06.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Ver. Nelcir Tessaro, nosso Presidente; demais Vereadores e Vereadoras; público que nos assiste pelo Canal 16 e cidadãos que estão nas galerias, Ver. Bernardino Vendruscolo, tenho acompanhado o seu mandato e principalmente a sua preocupação relacionada aos imóveis, até mesmo pela sua origem. E o senhor pode ter certeza, Ver. Bernardino Vendruscolo, que o senhor tem feito um excelente trabalho nessa área para a nossa cidade de Porto Alegre, começando pelo parcelamento do ITBI, e nós sabemos o quanto é difícil a hora da compra de um imóvel, pois, quando se compra um imóvel, rapa-se o tacho, e aí vêm os 3% do ITBI, e é uma dificuldade para se pagar.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mauro Pinheiro, eu quero agradecer o seu apoio e dizer que, hoje, em razão daquilo que está posto, praticamente não existe leasing imobiliário. Eu preciso respeitar a posição do Ver. Pedro Ruas, mas ele está equivocado, mas o leasing praticamente não existe. Como o negócio é um só, é óbvio, é lógico que só podemos aceitar a cobrança do ITBI uma única vez. O negócio é um só, há um único negócio, há um único comprador; não é justo que ele pague duas vezes. Se nós facilitarmos, nós vamos, com certeza, incentivar mais as pessoas a fazerem o leasing em vez de um contrato de locação, para poderem, um dia, ser donas desse imóvel que, por um determinado tempo, será pago por meio de um aluguel, que é o arrendamento mercantil. Obrigado pela sua sabedoria, pela sua compreensão.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Sempre é um prazer conceder um aparte a Vossa Excelência.

Nessa questão do ITBI - e o senhor é um especialista nessa área -, nós temos tido grandes proveitos na cidade de Porto Alegre pela sua sensibilidade de buscar o parcelamento do ITBI.

E quero lhe dizer, Ver. Bernardino, que, como supermercadista, vejo que a relação com as redes de cooperação, com as associações de mercados, com as centrais de negócios, também tem problemas semelhantes aos do ITBI, com a bitributação na compra de mercadorias que serão transferidas aos seus associados. Ou seja, acabam tendo essa desvantagem, sendo bitributados. Portanto, eu sou um grande lutador, Ver. João Antonio Dib, para que não exista essa bitributação não só nos imóveis como em todos os setores, porque essa seria uma forma de facilitar a vida das pessoas. E como o senhor bem disse, no caso dos imóveis, muitas vezes o negócio acaba não se concretizando justamente pela bitributação. Nós somos favoráveis, sim, a essa desoneração e a essa facilidade, para que as pessoas possam adquirir os seus imóveis.

O senhor está de parabéns, Ver. Bernardino. Nós somos, sim, favoráveis ao seu Projeto, estamos juntos com o senhor nessa empreitada e vamos, com certeza, aprovar esse Projeto, porque ele vai ser bom para a cidade de Porto Alegre.

Um abraço, Ver. Bernardino, e, com certeza, vamos aprová-lo.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não há mais quem queira discutir a matéria. As Emendas nºs 01 e 02 ao PLCL nº 014/06 foram retiradas.

Em votação a Emenda nº 03 ao PLCL nº 014/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação o PLCL nº 014/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com os votos contrários do Ver. Pedro Ruas e da Verª Fernanda Melchionna.

 

VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0614/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 008/09, de autoria do Ver. Valter Nagelstein, que acrescenta §§ 1º e 2º ao art. 84 e altera o art. 94 da Lei Complementar nº 395, de 26 de dezembro de 1996 – que institui o Código Municipal de Saúde do Município de Porto Alegre e dá outras providências –, e alterações posteriores, dispondo sobre a proteção de alimentos não embalados expostos à venda em estabelecimentos cujo atendimento se dê na modalidade de autosserviço e sobre o vestuário e a higiene do profissional que atua no manuseio de alimentação.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulinho Rubem Berta: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Beto Moesch: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, I, da LOM;

- encaminharam a matéria os Vereadores V. Nagelstein, A. Brasinha, M. Pinheiro e Dr. Raul em 24-02-10;

- adiada a votação por cinco Sessões.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação o PLCL nº 008/09. (Pausa.) O Ver. Dr. Raul está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 008/09.

 

O SR. DR. RAUL: Sr. Presidente, há uma manifestação do autor, Ver. Valter Nagelstein, no sentido de arquivamento. Uma vez que já estamos no processo de votação e que não há mais essa possibilidade, nós estamos encaminhando pela rejeição do Projeto, pois ele já está sendo discutido no âmbito da SMIC agora.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Diante da presente manifestação e não havendo mais quem queira encaminhar a matéria, em votação o PLCL nº 008/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) REJEITADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 6023/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 261/09, de autoria do Ver. Paulinho Rubem Berta, que concede o título de Cidadã de Porto Alegre à senhora Rosane de Fátima Cavalheiro Soares.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 19-05-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº 261/09. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 261/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM.

 

O SR. MAURO PINHEIRO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, nós não poderíamos votar em bloco os próximos Títulos?

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não, Vereador. Tem que ser nominal, individual; votação nominal não pode ser em bloco.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0841/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 034/10, de autoria do Ver. Tarciso Flecha Negra, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Alcindo Martha de Freitas.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 19-05-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL n° 034/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL n° 034/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0665/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 023/10, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao doutor José Francisco Bergamaschi.

 

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 19-05-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº 023/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 023/10. (Pausa.) (Após apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0698/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 026/10, de autoria do Ver. Luiz Braz, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Flávio Koch.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Fernanda Melchionna: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 19-05-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº 026/10. Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 026/10. (Pausa.) (Após apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.

Apregoamos o Requerimento do Ver. Mauro Zacher, feito por meio do Memorando nº 061, solicitando autorização, sem ônus, para representar esta Casa no Município de Jaguarão, no dia 20 de maio de 2010.

Encerrada a Ordem do Dia.

Passamos à 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1190/10 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 004/10, de autoria do Ver. Dr. Thiago Duarte, que altera o art. 2º da Lei Complementar nº 341, de 17 de janeiro de 1995 – que dispõe sobre o trabalho em regime de plantão de 12 horas X 36 horas na Administração Municipal de dá outras providências –, proibindo os servidores que especifica de ultrapassarem 12 (doze) horas consecutivas de trabalho.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, nesta tarde, com toda a justiça, a Casa tributa várias honrarias, cidadanias, a vultos da sociedade porto-alegrense, e nós nos congratulamos não só com os homenageados como também com os homenageantes.

Temos um único assunto em discussão preliminar de Pauta: o PLCL nº 004/10, de autoria do Ver. Dr. Thiago Duarte, que altera o art. 2º da Lei Complementar nº 341, de 17 de janeiro de 1995 - que dispõe sobre o trabalho em regime de plantão de 12 horas X 36 horas na Administração Municipal e dá outras providências -, proibindo os servidores que especifica de ultrapassarem 12 horas consecutivas de trabalho. O autor é, sabidamente, integrante do corpo médico do Município, e, certamente, vivendo alguma realidade nesse sentido, busca corrigi-lo, colocando esse limitador na Lei. Diz o ilustre Ver. Dr. Thiago Duarte que, além do desgaste físico ocasionado pela extensa jornada de trabalho, os motoristas em exercício na Unidade de Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul sofrem com a execução de outras atividades correlacionadas ao seu labor, motivo pelo qual é imprescindível a aprovação deste Projeto, com o intuito de limitar a carga horária e o regime de plantão com o máximo de 12 horas de trabalho para 36 horas de descanso. É o fundamento maior da proposta.

A Procuradoria da Casa alerta para a possibilidade concreta da ocorrência de vício de inconstitucionalidade na matéria. De acordo com o entendimento do ilustre Procurador Cláudio Roberto Velasquez, o art. 94 da Lei Orgânica do Município está ferido, afrontado, com esta proposição. É um problema que todos nós vivenciamos na vida legislativa. O autor, o Ver. Dr. Thiago, faz uma bela manifestação a respeito da proposta, sustentando, com argumentos sólidos, a relevância do assunto, mas esbarra, lamentavelmente, nessa situação que, certamente, nós teremos que enfrentar, na medida em que, sabidamente, iniciativas de projetos desta ordem são reconhecidamente inconstitucionais e, por isso, são barrados ou na Comissão de Constituição e Justiça, ou no Plenário desta Casa, ou em outras situações pelo Veto do Executivo Municipal, e, em derradeiro, até mesmo por decisões da Justiça Pública do Estado. É indiscutível a ocorrência dessa situação. Eu estou fazendo esse alerta primeiro dia, Ver. Dr. Raul, de discussão de Pauta, na expectativa de que se busque, de uma forma ou de outra, encontrar algum mecanismo pelo qual se supra esta deficiência flagrante que compromete o Projeto, o põe em risco e, certamente, lhe criará extremas dificuldades de tramitação. Era isso, Sr. Presidente, que eu tinha a comentar a respeito deste Projeto bom, com boas intenções, mas com esse vício.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; senhoras e senhores, estou trazendo aqui uma pequena reflexão para informar que, lá em 2009, em 28/05/2009, foi sancionada pelo Presidente Lula a nossa conhecida Lei da Transparência, também denominada Lei Capiberibe. Em síntese, ela expõe e exige que os atos do Executivo - os pagamentos mormente ditos - sejam disponibilizados em tempo real na Internet, para levar ao cidadão as informações do que ocorre no Poder Executivo e em todos os órgãos públicos. Esta Lei entra em vigor, conforme previsto no próprio corpo da Lei, agora em 28/05/2010. Estamos, hoje, então, a dez dias da entrada em vigor desta Lei.

Hoje pela manhã, eu estava acompanhando as notícias, e nós percebemos que o Governo Federal libera mais de quatro bilhões de reais para a execução de obras e melhoramentos nos aeroportos brasileiros. E ele libera esses recursos num formato que eu diria bastante diferenciado: libera também a licitação para a contratação desses serviços e obras. Já ouvi posições favoráveis a esta medida, tendo em vista a exiguidade de tempo para a execução dessas obras. Com a licitação, a obra poderia ser dificultada. Então, há posições, meu caro Ver. Pedro Ruas, favoráveis a essa liberação de recursos, se a licitação for liberada, ou seja, que sejam comprometidos bilhões de reais sem licitação pública.

Eu também ouvi posições contrárias a ela, e, inclusive, o comentarista, a pessoa que estava falando no rádio, colocava os argumentos dessa contrariedade e exemplificou com as obras do Rio de Janeiro, quando dos Jogos Pan-Americanos, época em que houve um derramamento de dinheiro; em obras em que era projetado se gastar “y”, na verdade foram gastos cinco ou seis vezes mais.

Nós temos aí duas posições contrárias. Sem entrar no mérito, até porque nos falta tempo, eu acredito na necessidade da implantação da Lei de Transparência. Porto Alegre se manifestou, através do nosso Secretário, meu particular amigo e colega Urbano Schmitt, no sentido de que, na verdade, é difícil a implantação até pelos custos que acarretaria disponibilizar informações em tempo real na Internet. Numa análise mais rápida, sem maiores aprofundamentos, parece-nos que, em Porto Alegre, que já tem a Internet informando o cidadão sobre os assuntos do dia a dia da Prefeitura, bastariam apenas alguns servidores alimentando... (Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Quero agradecer aos Vereadores da Bancada do PMDB, que me cederam o tempo de Liderança, e gostaria de pedir ao Ver. Mauro Zacher que acompanhasse o meu pronunciamento.

Eu venho a esta tribuna, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, fazer um apelo ao Ver. Mauro Zacher. Quero dizer que ele não precisa se sentir ofendido na medida em que o Deputado Adroaldo Loureiro, do seu Partido, copia um Projeto seu. Eu acho que esse é um privilégio para o Vereador. Claro que seria interessante que o Deputado fizesse um registro lá, Ver. João Antonio Dib, porque o Projeto é do Vereador, até para contemplar. Mas do Deputado Adroaldo Loureiro, uma coisa eu posso dizer: ele se mantém bem informado, ele está atento aos nossos Projetos. E, por isso, eu quero dizer que vejo este comportamento de ele copiar, ou plagiar, como estão dizendo, o Projeto do Ver. Mauro Zacher... Claro, seria interessante que ele, no mínimo, registrasse que aquele é um Projeto do Vereador; afinal de contas, fez a pesquisa, até porque eu também passei por uma situação semelhante com o Deputado Adroaldo Loureiro, do PDT... 

(Aparte antirregimental.)

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Não, é que, no dia 9 de agosto de 2007, nós protocolamos aqui um Projeto que tratava das sacolas plásticas. O Deputado o fez também no dia 11 de setembro, um mês depois. V. Exª sabe que eu tenho uma certa dificuldade com o Português, não fui bem-alfabetizado, e o Deputado não colaborou comigo, nem sequer fez a correção do Português, Vereadores e Vereadoras. Eu gostaria de mostrar aqui como ele copiou o meu Projeto também. (Mostra documento.) Eu, inclusive, estava muito chateado com a minha assessoria, mas, depois, vi que o Deputado cometeu os mesmos equívocos do vernáculo. Então, eu quero fazer um apelo ao Ver. Mauro Zacher para que não fique tão sentido. Acho que é um privilégio para nós, que não temos uma assessoria com a estrutura da de um Deputado, a nossa é bem menor, estarmos acompanhando, neste caso em especial, o Deputado Adroaldo Loureiro fazer esta “cola” do Projeto.

De qualquer sorte, venho a esta tribuna para dizer que não estou chateado com o Deputado - até me sinto privilegiado. Posso dizer que estou chateado só porque ele não corrigiu os erros de português que eu cometi.

Ver. Mauro Zacher, eu acho que não vale a pena ficar chateado. Quero cumprimentar V. Exª e pedir que largue o Deputado de mão, que deixe o Deputado trabalhar também. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Paulinho Ruben Berta, que solicita alteração de seu nome parlamentar, que passa a ser grafado Paulinho Rubem Berta, com “m”.

O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, o Ver. Dr. Thiago, autor do Projeto, acabou de sair para atender a um compromisso lá na Restinga e me pediu que fizesse o registro. Hoje os profissionais já estão trabalhando de acordo com a sua proposta. O que ele está fazendo é adequar aquilo que já está em prática hoje, que é o horário 12 X 36. Então os profissionais que dirigem os automóveis do SAMU estão cumprindo um horário, e o que está escrito na ordem de serviço é outro horário. Ele apenas está adequando. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Obrigado, Ver. Bernardino Vendruscolo.

Não havendo mais inscrições, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 15h48min.)

 

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